Vivemos no nosso país uma discussão entre defensores e opositores da tourada. Para uns trata-se de uma arte com tradição profundamente enraizada na cultura do país, para outros é um atentado aos direitos dos animais e, portanto, algo a banir.
Na zona geográfica do nosso agrupamento de escolas a tourada é um acontecimento na altura do Verão que tem vindo a ganhar progressivamente mais adeptos. Inevitavelmente e repetidamente surge nas diferentes brincadeiras e formas de expressão das crianças (construções, dramatizações, desenhos). Mas, desta vez, foi mesmo eleita por algumas crianças no Grupo 2 do JI de Meãs como temática para um projecto.
O que fazer? Como abordar uma temática controversa com crianças pequenas?
Lembro as palavras de Dahlberg, Moss e Pense, no livro "Qualidade na educação da primeira infância:  perspectivas pós-modernas", quando afirmam que não existem saberes não elegíveis, todos são passíveis de ser abordados, desde que não seja de forma meramente reprodutiva e sim criativa e crítica.
|  | 
| O João trouxe uma capa de toureiro, começou a dramatização | 
|  | 
| A educadora integrou o grupo de forcados | 
|  | 
| Queremos fazer uma praça de touros. É redonda, circular... | 
|  | 
| É vermelha | 
|  | 
| Precisamos de um corredor para circularem os forcados, separado da arena: a educadora ajuda a encontrar
 o material  e ajuda na construção
 | 
|  | 
| Precisamos de animais e pessoas na praça de touros: vamos buscar aos jogos da sala e trazemos de casa
 | 
|  | 
| Precisamos de capa para toureiros: a educadora ajuda a fazer | 
|  | 
| Brincar às touradas com touros, vacas, cavalos, bonecos-cavaleiros, bonecos-forcados...
 | 
Depois do Carnaval promoveremos a discussão a propósito da controvérsia sobre as touradas.
Sem comentários:
Enviar um comentário