Em tempos (nos anos 90) fiz uma tese de Mestrado sobre o valor da brincadeira. Enquanto educadora preocupava-me com a justificação do espaço do brincar, como forma de resistência a um movimento forte de escolarização que se fazia sentir na educação pré-escolar.
Descobri com esse trabalho e com os posteriores que não há justificação científica que convença quem acha que na educação e no ensino são necessários apenas saberes e o bom senso que permitam perpetuar o que o Homem já foi e ainda é. Para esses, a escolarização é a única via de significar a educação pré-escolar e a brincadeira um espaço inevitável decorrente da imaturidade infantil. Nos mesmos trabalhos descobri também que as crianças, não tendo lido nenhum trabalho científico, são unânimes a favor da brincadeira e do seu valor educativo...
Hoje mantém-se a necessidade de justificar aos adultos o que é tão óbvio para as crianças, mas faltam-me as palavras, deixo-vos as de Rúben Alves.
"Amar é brincar.
Não leva a nada.
Não é para levar a nada.
Quem brinca já chegou."
Muito pertinente o que referes, e actual, quando sinto que o "movimento da Escolarização", com avaliações sobre tudo e mais alguma coisa e deixando quase de parte a brincadeira pelo prazer do brincar continua e talvez esteja cada vez mais a ficar enraizado ...
ResponderEliminarRealmente, nestas questões da brincadeira, apetece referir aquela citação que diz: "nunca se justifique, os amigos não precisam e os inimigos não acreditam".
ResponderEliminarNão é preciso justificar a importância do brincar no desenvolvimento da criança, está mais do que estudada, basta acreditar e colocar em prática!
Óptimo post... mais um, obrigada.
Bjs, Juca
Obrigada pelo post, colega...quando recordamos a nossa infância, quais são afinal os melhores momentos...os tempo de brincadeira!
ResponderEliminarVamos então proporcionar às nossas crianças, que ajudamos a crescer, essas boas memórias de infância ! Beijinhos e Boas férias ;)
Acreditemos e continuemos a resistir. As justificações teremos que as ter na manga para aqueles que não conseguem acreditar e também não leram a investigação.
ResponderEliminarBoas férias colegas.