Jacintos

Depois das sementeiras que fizemos na horta e na sala muita coisa tem acontecido à volta do tema no grupo ARCO-ÍRIS. Por exemplo, conto e exploração de histórias  ("Sementes de Macarrão", de Luisa Ducla Soares e "Ainda nada?" de Christian Voltz), observação à segunda-feira da evolução das plantas e registo gráfico e escrito. Observámos que na sala as sementes com muita água apodreceram, que não germinaram todas ao mesmo tempo mesmo quando pareciam iguais e estavam no mesmo recipiente, que as que conseguimos ver germinar primeiro estavam no recipiente com água e papel e que as que estavam no recipiente com terra demoraram mais tempo a "aparecer", que lá fora germinaram mais ou menos ao mesmo tempo que na sala... Mas, lá fora, estão agora muito "maiores" (mais altas) e "têm folhas maiores"! Ah! Também aprendemos nas observações que as plantas que semeámos têm (para já, digo eu) raiz, caule e folhas.
 Na última segunda-feira na discussão em grupo ficámos com  as seguintes ideias: a terra e a água são importantes, mas não chegam;  "se calhar lá fora têm mais ar", "lá fora têm muito sol" (sugeriram as crianças).
Ontem foi dia de lançar novo desafio.
- Então será que todas as plantas só se desenvolvem bem se estiverem na terra?- perguntei.
- Sim!!!- respondeu um coro.
-Se não apodrecem como as da Ana Mafalda que estavam na garrafa - disse a Estela e muitas cabeças acenaram a concordar.
Foi então que propus a experiência dos jacintos. Os bolbos foram apresentados como "muito fortes", por guardarem dentro deles muita energia para crescer e, por isso, conseguirem fazê-lo sem terra.
Como se tratava de um saco de bolbos com mistura de cores, a experiência teve a motivação adicional de adivinhar de que cor vai sair, considerando as hipóteses da imagem do pacote. Os bolbos foram apelidados de "sementes" pelas crianças, o que foi aceite provisoriamente. Mais tarde surgirá certamente a atividade que as levará a refletir sobre essa designação.